terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Sensoriamento remoto

  É um termo usado para descrever a tecnologia que permite o estudo de algumas características de um objeto, sem necessariamente estabelecer contato com ele. Envolve a medição das propriedades físicas de um objeto à distância. A tecnologia usada nos satélites é um exemplo do sensoriamento remoto – os sensores colocados a bordo dessas plataformas espaciais são capazes de coletar energia proveniente de um determinado objeto, ajudando a estudar, por exemplo, a energia refletida ou emitida pela Terra. Esses sensores coletam informações, basicamente da radiação eletromagnética emitida por todas as substâncias. Como os dados transmitidos por satélite em órbita ao redor da Terra, as estações receptoras, localizadas em sua superfície, podem medir várias propriedades físicas do Planeta sem estar em contato com diversas áreas de interesse.


Radiação eletromagnética


Como a energia eletromagnética de propaga no vácuo com a velocidade de aproximadamente 299.800 km/s, em direção aos sensores a bordo dos satélites, ela constitui o mais útil campo de força para a atividade de sensoriamento remoto, formando um meio de transferência de informações, em altíssima velocidade, entre substâncias ou objetos de interesse e os sensores.

 Nesse caso, a radiação eletromagnética torna-se a base para todo o sensoriamento remoto da Terra. Entende-se por radiação eletromagnética a energia emitida em forma de onda por toda substância que não esteja na temperatura de zero absoluto ( - 273 ºC ou – 459 F). Como se sabe, a onda de energia radiativa não é matéria. Embora não possua massa, ela pode transmitir energia de um lugar para outro. A onda de radiação eletromagnética pode ser compreendida por um padrão de repetição do campo eletromagnético e considerada como uma onda transversal com o campo elétrico e o magnético associados. Quando uma onda de radiação passa por esse campo, o nível de energia flutua de cima para baixo, em um padrão regular.

Padrão de repetição da onda eletromagnética



Características da onda eletromagnética


Uma onda eletromagnética pode ser caracterizada por sua amplitude, seu comprimento e sua frequência. A crista é o deslocamento máximo da onda; o cavado é o deslocamento máximo descendente da onda. A amplitude mede a magnitude da onda e refere-se ao tamanho do deslocamento que nela acontece. O comprimento de onda é a distância entre dois sucessivos cavados ou cristas. A frequência é determinada pelo número de ondas que passam por um determinado ponto em um dado período de tempo ( λ = c/f, onde c é a velocidade da luz e f, a frequência). Todos os tipos de energia eletromagnética viajam com a mesma velocidade, ou seja, a velocidade da luz. No caso de ondas curtas, mais ondas poderão passar em um mesmo ponto, em um mesmo período de tempo. Assim, pode-se dizer que as ondas curtas são de alta frequência, e as ondas longas, de baixa frequência.


 O conjunto de todos os tipos de radiação eletromagnética chama-se espectro eletromagnético.


Emissão de radiação eletromagnética


Na natureza, todo objeto que não esteja na temperatura de zero absoluto emite radiação, mas não necessariamente ao mesmo comprimento de onda; assim, a maioria das substâncias irradia energia em comprimentos de ondas específicos, caracterizados com o espectro do objeto, ou seja, sua assinatura eletromagnética. A temperatura de um objeto determina as características de sua radiação. Um objeto com alta temperatura em sua superfície emitirá alta energia radiativa em ondas curtas, enquanto um objeto mais frio emitirá menos energia em ondas longas. O comprimento de onda (λ) no qual a energia emitida é máxima pode ser determinado pela Lei dos Deslocamentos de Wien, resumida a seguir: λm = C/T, onde λm é o comprimento de onda com a maior quantidade de energia emitida; C é uma constante cujo valor é 2.988 µm K; e T é a temperatura do corpo negro, em Kelvin.

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